Desde 1987 tenho optado por seguir a Jesus Cristo, e é lamentável dizer que convivi com dois tipos de Jesus, isso mesmo freqüentei templos evangélicos onde os eventos eram para os seguidores do Jesus rico e também havia eventos para os seguidores do Jesus pobre. Posso citar alguns exemplos: numa determinada denominação vi os lideres religiosos oferecendo objetos para estimular a fé (como eles mesmos dizem) com valores acima de R$ 200,00 (Duzentos Reais), na mesma denominação, localizada em outro bairro considerado como periferia, a campanha era a mesma só que o objeto era outro e com o preço de R$ 5,00 (Cinco Reais); já vi casos de denominações religiosas que pastores de um certo nível cultural, financeiro e profissional, não são enviados para pastorear igrejas em favelas e em comunidades carentes, os que são enviados para tais comunidades quase não tem para se sustentar, não deveria ser o contrário? Por onde Jesus andava? Nos palácios? Nas casas dos ricos e famosos? – continuando, Outra denominação anunciava encontro de casais numa residência que por sinal não muito viável para quem usa transporte público, a minha vontade era alugar um ônibus e levar as famílias de comunidades carentes, onde é comum ver crianças fumando maconha, cheirando cola, mães chamando palavrões aos seus filhos, e jovens com os mais variados vícios. Mas, imaginei como seria a reação dos anfitriões com “este tipo de gente” que são famílias que realmente precisa de um verdadeiro encontro. Já participei de festas onde houve sorteios de brindes, e acreditem, os únicos sorteados foram os pastores e amigos da pessoa que estava fazendo o sorteio (como diz Boris Casoi, É uma vergonha). Poderia aqui, citar vários outros acontecimentos dos que servem a Jesus Rico e ao Jesus pobre. Como gosto muito de pensar e analisar as situações me pergunto: o que se passa na mente desses lideres religiosos? Será que Deus endureceu o coração de alguns deles como fez na antiguidade? Será que eles são lideres por função ou por missão? Enquanto isso, as religiões, seitas e heresias que tanto combatemos e até ensinamos nos grupos de estudos como elas agem, estão praticando justamente o amor ao próximo, conheço algumas delas que o ensinamento é voltado com exclusividade o valor humano, independente da classe social. Eu faço um apelo para que Jesus dos ricos chegue às comunidades carentes através de lideres formados ou estudantes em Direito, Medicina, Psicologia, Serviço Social, e também com lideres que a visão não esteja em usos e costumes, como é comum em tais comunidades. A propósito, estamos em período natalino o qual se comemora o nascimento de Jesus, onde vamos assistir nos cultos as lindas cantatas natalinas, ouvir pregações calorosas sobre amor e hinos como noite feliz, noite feliz..., depois vamos procurar nossos familiares e amigos para jantar depois brincar de amigo secreto. Algumas denominações ainda tenta fazer uma boa ação, distribuindo roupas e alimentos para os necessitados. Necessitados esses, que nem sequer perguntamos o nome dele, o porquê daquela situação atual, talvez se formos fazer isso, perderemos tempo para desfrutar dos nossos próprios deleites. Se continuarmos com a pratica de servir a Jesus rico e Jesus pobre, estaremos no mesmo caminho dos fariseus que pregavam uma coisa e vivia outra. Concordo que eventos particulares, cada um escolhe a quem deva chamar, mas se tratando de igreja, devemos ter o cuidado para não fazermos acepção de pessoas. Quando se falar em eventos pagos, devemos ter o cuidado para não deixar de fora os que estão passando por provações financeiras ou aqueles que o salário do mês já é contado para as despesas. Precisamos imediatamente de uma reforma protestante, desta vez em nosso próprio meio, afim de servir ao Jesus que sendo rico, se fez pobre.
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