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segunda-feira, 30 de março de 2020

SINAIS DE UM PASTOR QUE ESTÁ PERDENDO O RUMO



SINAIS DE UM PASTOR QUE ESTÁ PERDENDO O RUMO

1) ELE IGNOROU A EVIDÊNCIA CLARA DE PROBLEMAS

(...) Você diz a si mesmo repetidamente que você não é o problema - elas são, mas não você.
E você diz a si mesmo que, realmente, você não precisa de mudança; as pessoas e circunstâncias ao seu redor é que precisam de mudanças (...)
(...) O que você esta fazendo, mesmo que provavelmente não esteja consciente disso, é construindo argumentos elaborados, aparentemente lógicos para a sua própria justiça (...)

2) ELE ESTAVA CEGO PARA OS PROBLEMAS DO SEU PRÓPRIO CORAÇÃO
(...) Quando outros o questionavam ou confrontavam, sem saber que estava fazendo isso, ele ativava seu advogado interior e gerava argumentos em sua própria defesa. Frequentemente ele dizia para si mesmo que a pessoa que o confrontava não o conhecia bem porque se o conhecesse, não o questionaria da maneira como estava fazendo (...)

3) FALTAVA DEVOÇÃO EM SEU MINISTÉRIO
(...) Seus aconselhamentos eram mais voltados a solucionar problemas do que a incentivar pelo evangelho. E, no caminho tudo começou a ficar seco e desagradável. Não havia mais vida. Tudo deixou de ter ligação com adoração e se tornou uma série repetitiva de responsabilidades pastorais.
(...) É a minha adoração que me capacita a levar outros à adoração. É a minha percepção de carência que me leva a pastorear carinhosamente aqueles que estão necessitados de graça. É a minha alegria na minha identidade em Cristo que me leva a querer ajudar outras pessoas a viverem no meio do que significa estar “em Cristo”.

4) ELE NÃO ESTAVA PREGANDO O EVANGELHO PARA SI MESMO
(...) Ele necessitava das reações congratulatórias da sua igreja a sua pregação, porque isso o fazia se
sentir bem sobre o que ele estava fazendo.
(...) Ele tinha sua identidade vinculada demais as suas opiniões e ideias e sentia que rejeição a elas era rejeição a ele próprio.
(...) Sua conversa intima consigo mesmo era mais autodefesa, autocomiseração e mágoa de outras
pessoas do que um ensaio libertador e motivador das glorias presentes do amor de Cristo.

5) ELE NÃO ESTAVA OUVINDO AS PESSOAS MAIS PRÓXIMAS
 (...) Houve varias ocasiões em que um colega presbítero ou um funcionário experiente o haviam abordado quanto a sua atitude ou sobre a forma como ele havia falado com alguém (...)
(...) muitas vezes alguém havia chegado a ele com preocupações sobre o seu casamento e o tempo que ele estava ou não investindo nele ou sobre coisas que viram acontecer na vida de seus filhos.
(...) Apesar de o meu amigo não rejeitar publicamente, de fato ele não ouvia.
Devido a ele não ser aberto, ele dizia a si mesmo que havia sido mal entendido ou que as coisas não estavam realmente tão más;

6) SEU MINISTÉRIO TORNOU-SE PESADO DEMAIS

(...) o seu ministério não e mais alimentado pelo seu culto individual; você se sente mal-entendido pelas pessoas ao seu redor; você se sente erroneamente criticado pelas pessoas do seu lar; você acha que você e a sua liderança não são tratados com a estima que merecem; e você esta cada vez mais vazio espiritualmente porque esta procurando vida espiritual onde ela não pode ser encontrada.
Para quantos de nós o ministério não é mais um ato de adoração?
Quantos de nós estamos construindo um reino diferente do reino de Deus em nosso ministério?
Quantos de nós queremos escapar e simplesmente não sabemos como?

7) ELE COMEÇOU A VIVER EM SILÊNCIO

Eu temerei como as pessoas pensariam a meu respeito e reagiriam a mim se realmente soubessem o que esta acontecendo em minha vida.
Não faço as confissões saudáveis e regulares de conflitos aos meus colegas de ministério, não peço orações sincera e humildemente por aspectos da minha vida que claramente precisam, e sou muito cuidadoso em como respondo perguntas pessoais quando são dirigidas a mim.
Eu estou tentando fazer o que nenhum de nós é capaz de fazer - vencer espiritualmente sozinho.
O cristianismo autônomo nunca funciona, porque nossa vida espiritual foi planejada por Deus para ser um projeto comunitário.

8) ELE COMEÇOU A QUESTIONAR A SUA VOCAÇÃO

(...) Veja, existem apenas dois modos de explicar o colapso interno e externo do meu ministério. Ou estou tentando fazer algo que eu não fui vocacionado para fazer, ou estou pensando e fazendo coisas erradas no meio do ministério para o qual, claramente fui chamado.
(...) Uma vez que você tenha fechado os seus olhos para a evidência e parado de ouvir as vozes das outras pessoas, você esta entregue a cegueira e a justiça própria do seu próprio coração ainda pecaminoso. Isso torna muito difícil para você concluir que você é o problema. Não, o que você concluirá é que o ministério ou coisas no seu ministério é que são os problemas, e, portanto, o ministério e o que precisa ser tratado para que haja alguma mudança.

9) ELE SE ENTREGOU A FANTASIAS DE UMA VIDA DIFERENTE

Tudo isso o levou a uma esperança, um sonho: sair. A princípio, ele se assustou em pensar tal coisa, mas não conseguia parar. Ele se tornou cada vez mais a vontade com as fantasias de fazer algo diferente, mas tinha medo de falar uma palavra sobre elas a qualquer outra pessoa.
Em breve, porem, ele havia apresentado o assunto a sua esposa, tentando sentir quão confortável ela
ficaria com a perspectiva de uma vida do outro lado do ministério, e não demorou muito para que ele pensasse em dizer ao grupo da liderança que ele queria sair. Foi uma semana ruim, que trouxe tudo a tona de uma maneira mais perturbadora do que ele havia previsto.

Palavras finais do autor, em relação a este capítulo:

Eu queria poder dizer que vi essa dinâmica operando somente no coração deste homem em particular, mas, infelizmente não posso. Eu tenho ouvido essas historias varias vezes.

Extraído do livro: Vocação Perigosa / Paul Tripp /2012

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